quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

A Laura vê, a Laura Explica: Esclerose Múltipla

Olá Beauty's

Hoje trago-vos um tema que elaborei na minha apresentação Oral da disciplina de português e que acho que é um tema que esta cada vez mais presente no nosso dia-a-dia e que talvez não nos damos contam. Eu também tenho conhecimento deste tipo de doença porque tenho um caso na minha família: a minha mãe. 
Esta doença é a Esclerose múltipla e para quem não sabe é uma doença crónica, inflamatória e degenerativa que afecta o Sistema Nervoso Central. A minha mãe é portadora desta doença, ou seja, a doença já se manifestou nela mas neste momento esta estabilizada. Foi-lhe diagnosticada á 10 anos, ou seja em 2004, tendo eu nessa altura oito anos. A minha mãe como sintomas teve fortes dores de cabeça e começou a ter a visão turva de olho. isto que é um dos sintomas da doença que se pode manifestar nas pessoas. 
Falando melhor desta doença, ela surge frequentemente entre os 20 e os 40 anos, afectando essencialmente as mulheres. O seu diagnostico é difícil e pode ser diagnosticada atrevas de uma combinação de sintomas ou da evolução da doença na pessoa, mas também através de exames clínicos como a Ressonância Magnética ou a Punção Lombar.
Estima-se, aproximadamente, que em todo o mundo exista 2.500.000 pessoas com Esclerose Múltipla e em Portugal mais de 5.000. 
No entanto os sintomas desta doença variam muito, dependendo da localização da inflamação. No entanto uns sintomas ocorrem com mais frequência e outros, por vezes, nem chegam a manifestar-se.
Alguns dos sintomas são:

  • Fadiga: manifesta-se muitas vezes sob a forma de períodos, estes que podem durar alguns meses, durante os quais a energia, do doente, se esgota diariamente após um pequeno esforço.
  • Neurite Óptica: é a inflamação do nervo óptico, ou seja, do nervo da visão. A pessoa durante um ou dois dias poderá se queixar de visão turva, embaciada e poderá também sentir dor de trás do olho. As suas melhorias são graduais mas estas só ocorrerão uma ou duas semanas depois. O doente, em períodos de stress ou quando estiver cansado ou com febre, poderá  sentir novamente a visão turva mas isso, porem, não significa que a doença esteja ativa novamente.
  • Perda da força muscular dos braços e pernas: A perda pode variar entre destreza reduzida (os dedos deixam de funcionar bem) até à paralisia. A perda gradual de força ocorre mais frequentemente nas pernas do que nos braços. Dependendo da gravidade, poderá necessitar de usar uma bengala, muletas ou uma cadeira de rodas.
  • Alterações de Sensibilidade
  • Dor
  • Alterações Urinárias e intestinais
  • Problemas sexuais
  • Equilíbrio/Coordenação
  • Alterações cognitivas
  • Alterações de humor e depressão.
No caso da minha mãe o sintoma predominante e que permitiu detectar a doença foi a neurite óptica uma vez que a minha mãe deixou de ver de um olho durante, aproximadamente 15 dias. Ela inicialmente queixava-se de visão turva e fortes dores de cabeça, foi-lhe realizado um raio-X á cabeça no qual não foi detectado nada. De seguida realizou vários exames á vista onde num deles foi detectado uma inflamação no nervo óptica, foi reencaminhada para Évora, para um Neurologista onde realizou uma Ressonância Magnética e uma Punção Lombar onde lhe foi detectada a doença: Esclerose Múltipla. Realizou um tratamento no Hospital e quando regressou continuou com um tratamento em compridos, cerca de 14 por dia. Ao longo de 3 anos a doença foi melhorando e foi-lhe retirada, aos poucos, a medicação. Após 5 anos voltou lá e como estava tudo estável só la tinha que voltar quando a doença completa-se 10 anos, que foi este ano no mês de Outubro. A doença neste momento encontra-se estável e não apresenta qualquer vestígio de surto.

A esclerose mutipla é uma doença que, porem, não tem cura, mas que vai melhorando gradualmente. 

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